segunda-feira, 6 de junho de 2011

“É a luta que nos faz fortes”


Francisco Louçã começou o discurso da noite eleitoral do Bloco de Esquerda afirmando que estas eleições marcam o início de um novo ciclo político, que de facto começara já com o pedido de intervenção externa, “com o empréstimo que hipoteca Portugal nos próximos anos”.

Esta intervenção impõe “condições políticas que vão ser discutidas ao longo da legislatura que temos pela frente”. Estas condições configuram um programa económico e financeiro que não foi discutido pelos portugueses.

O Bloco de Esquerda, afirmou Louçã, esforçou-se por trazer aos portugueses o debate da Segurança Social, do emprego, da renegociação da dívida, mas “encontrámos do outro lado um fortíssimo muro de silêncio”.

Por outro lado, registou o coordenador do Bloco, o Partido Socialista “amarrou-se para os próximos anos a cumprir estas medidas que agravam o rendimento dos portugueses, prejudicam o emprego, diminuem a economia”. E destacou que em duas questões essas ameaças são importantíssimas para a vida das pessoas: “O código do trabalho proposto pelo acordo da troika que o governo certamente tornará no ponto um da sua agenda”, e que é uma “ofensiva anticonstitucional contra os direitos dos trabalhadores.” Por outro lado, os ataques aos salários, às pensões, os ataques à segurança social “têm de encontrar a opor-se-lhes uma força, um combate e uma determinação que o Bloco de Esquerda não deixará de ter e que serão decisivos para o futuro da esquerda”, reconhecendo embora que, diante dos resultados eleitorais, este combate é certamente mais difícil.

Passando a comentar os resultados do Bloco, Louçã reconheceu o partido não atingiu os seus objectivos e assumiu-se como o principal responsável por isso. O Bloco obteve um resultado eleitoral ao nível do de 2005, elegendo oito deputados. “O recuo é, em qualquer caso, uma derrota, e eu quero chamar as coisas pelo seu nome.” Mas aprende-se sempre mais com as derrotas, ponderou o coordenado do Bloco, afirmando que não tem qualquer ressentimento para com os eleitores que escolheram votar noutros partidos.

Mas o deputado eleito por Lisboa afirmou que o Bloco fez uma grande campanha e que demonstrou que a renegociação da dívida tem de começar já, e que o governo agora eleito não poderá deixar de a fazer, Apontou porém uma diferença entre os que querem renegociar para que a dívida continue a escalar cada vez mais, e aqueles que querem proteger os salários, proteger as pensões, o Estado Social e o respeito das pessoas.

“Mesmo na noite da derrota, nós não estamos vencidos”, garantiu o coordenador do Bloco. “Uma esquerda mais forte, mais determinada, capaz de responder pelos reformados, essa esquerda faz a diferença”. Nos próximos anos, essa esquerda irá aprender mais e vai à luta. “É essa esquerda que vai à luta, é essa luta que nos fará fortes”.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dia 5 de Junho | MUDAR de FUTURO


“Sabemos que a política do FMI não é, certamente, a resposta de que o país necessita”.

“PS, PSD e CDS sabem que a renegociação da dívida é necessária, no entanto, querem concretizá-la apenas depois da aplicação das medidas contidas no plano de austeridade”, (...) “sacrificam o país e os portugueses de forma a beneficiar a banca portuguesa, francesa e alemã"

"Queremos honrar os nossos compromissos, mas com os frutos de uma política de crescimento económico”.

José Gusmão, 1º Candidato do Bloco pelo Distrito de Santarém



Dia 05 de Junho, Vota Bloco de Esquerda

"Chegámos ao grau zero de utilidade do PS"

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A campanha do Bloco no Entroncamento e Santarém

PS, PSD e CDS querem afundar o país na "economia mais cruel”

Francisco Louçã defendeu que, no novo cenário pós-eleições, qualquer um dos três partidos - PS, PSD e CDS, “esteja no governo ou na oposição, estará na troika”, “estará comprometido a defender o desemprego”, “a assegurar que a economia prossegue para um caminho de austeridade”, sendo que “a austeridade provoca a recessão, a recessão provoca precariedade e a precariedade provoca desemprego”. “PS, PSD e CDS pretendem que a solução para o país seja sempre o afundamento na economia mais cruel”, adiantou.

Durante o comício realizado em Santarém, que também contou com a presença do mandatário distrital, Aurélio Lopes, do cabeça de lista pelo distrito, José Gusmão, da número dois da lista, Sara Cura, e do líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda sublinhou que a campanha se tem transformado, muitas vezes, num “vazio” e que as eleições são vistas como um jogo onde só existe uma regra: “Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte”.




As verdadeiras questões, como o “debate entre recessão e recuperação, entre o emprego e o desemprego, entre a precariedade e o respeito”, e sobre “como se governa”, não interessam ao PS, PSD e CDS, partidos que partilham o mesmo programa – o programa da troika.

O Bloco “concentra-se no que está a ser ignorado na campanha”, adiantou Louçã. “Estamos a puxar por resultados, por respostas, por dificuldades, e é assim que temos que fazer”, avançou.

O dirigente do Bloco sublinhou duas das temáticas que têm sido negligenciadas na campanha: educação e emprego. No que respeita à educação, Louçã referiu-se a dois exemplos que não têm merecido qualquer reacção por parte do PS, PSD e CDS: o novo modelo de gestão das escolas por parte de uma empresa criada para o efeito pelo Ministério da Educação e o modelo de avaliação de docentes, “um labirinto do qual não se sabe onde começa, para que serve, se avalia”. O dirigente do Bloco lembrou ainda as medidas contidas nos memorandos da troika, que prevêem cortes dramáticos no ensino.

Na área do emprego, “o programa que o PS quer cumprir com a direita”, já vai “mais longe do que alguma vez se imaginou”, prevendo, entre outros, facilitar os despedimentos e pôr os trabalhadores a pagar o seu próprio despedimento.

Bloco representa “a massa crítica de que precisamos desesperadamente”

O mandatário da candidatura pelo distrito de Santarém, Aurélio Lopes, defendeu que num país onde “pensar pela nossa cabeça é cada vez mais uma actividade de risco”, o Bloco representa “a massa crítica de que precisamos desesperadamente”.

Sara Cura, segunda candidata por Santarém, criticou “o discurso da ilusão, da hipocrisia e da mentira” dos líderes do PS, PSD e CDS. A catadupa de inaugurações levadas a cabo pelos ministros do PS, muitas vezes no distrito onde se candidatam, mereceu uma nota desta candidata. “Se se reunissem todas as pedras destas inaugurações, talvez pudéssemos construir algo útil para as pessoas”, avançou Sara Cura. O CDS, continuou a candidata do Bloco, esquece-se, por sua vez, “do que fez quando esteve no governo”.

As problemáticas da precariedade, do desemprego, dos bolseiros ao serviço do Estado, também mereceram a sua atenção.

O líder do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, também marcou presença neste comício. O dirigente do Bloco afirmou que esta campanha é sobre o verdadeiro calote, que é o calote do BPN, da banca que paga menos de metade do imposto cobrado a uma mercearia, da fuga aos impostos no offshore da Madeira, e dos verdadeiros credores, que são aqueles que descontaram toda a sua vida para terem uma reforma decente, assim como os jovens que se formaram e agora são condenados a trabalhos precários ou ao desemprego.

José Gusmão, cabeça de lista por Santarém, lembrou que a política do FMI “não é um salto no escuro”. “Sabemos que a política do FMI não é, certamente, a resposta de que o país necessita”, adiantou.

O deputado do Bloco defendeu também que “PS, PSD e CDS sabem que a renegociação da dívida é necessária, no entanto, querem concretizá-la apenas depois da aplicação das medidas contidas no plano de austeridade”. Estes partidos “sacrificam o país e os portugueses” de forma a beneficiar a banca portuguesa, francesa e alemã, acrescentou José Gusmão.

Queremos “honrar os nossos compromissos, mas com os frutos de uma política de crescimento económico”, rematou.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

As pequenas e médias empresas estão com o torniquete completamente apertado, pela banca e pelas grandes superfícies.
Foi o que constatou o Bloco de Esquerda, numa visita que efectuou a 24 de Maio à empresa de têxteis “Coelhos” em Minde.




A banca desligou completamente da Economia, só o lucro dos accionistas lhe interessa.

A banca tem de pagar impostos como qualquer outra empresa,  a CGD, o banco do estado tem um papel fundamental a desempenhar, é preciso que ajude a alavancar a economia, defende o BE.